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Castração de Animais no Condomínio Ponte Grande

22/08/2025

A pesquisa populacional de animais domésticos realizada em março no Condomínio Ponte Grande serviu como ponto de partida para uma série de ações coordenadas para o controle populacional de cães e gatos. A iniciativa, liderada pela ALPA (Associação Lageana de Proteção aos Animais), em parceria com o poder público, tem demonstrado progresso, mas a evolução do problema exige uma resposta ainda mais acelerada.

Ações e Resultados Iniciais: Um Salto de 20% para 47%

Desde o levantamento, a colaboração da comunidade tem sido fundamental. Um voluntário morador do próprio condomínio agiu de forma independente, levando cerca de 30 animais para castração diretamente na COBEA, mostrando um comprometimento individual com a causa. Em abril, a primeira fase da campanha focou nos felinos. Cerca de 30 gatos foram castrados na COBEA, com o transporte e agendamento realizados pela ALPA. 

O esforço se intensificou em 22 de agosto, quando o castramóvel da prefeitura esteve no condomínio pela primeira vez. Foram realizadas 47 castrações, sendo 38 de animais residentes e o restante de outras localidades, uma decisão tomada pela baixa procura inicial dos moradores.

Graças a essas ações, o percentual de animais castrados no condomínio deu um salto significativo. Dos 252 cães e 109 gatos mapeados, 20% já eram castrados. Com as 98 castrações realizadas desde então, o percentual subiu para 47%. É importante notar que esse número é uma estimativa, pois nesse período a população de animais aumentou com novas ninhadas.

Apesar do avanço, o percentual de 47% ainda está longe do ideal para o controle populacional efetivo. Segundo estudos de organizações como a World Health Organization (WHO), é preciso que 70% a 80% da população total esteja castrada para que os nascimentos não superem as perdas naturais e o número de animais de rua comece a diminuir gradualmente. Esse índice leva em conta não apenas os animais de rua, mas também os que vivem em lares, já que muitos abandonos vêm de ninhadas indesejadas.

Próximos Passos

A COBEA e a ALPA estão avaliando se a oferta do serviço itinerante é a melhor estratégia para a localidade. Caso haja falta de interesse da população para uma segunda edição do castramóvel, será necessário repensar a logística.

Uma das alternativas é que os próprios tutores agendem e levem seus animais até a COBEA. Essa medida visa garantir que os procedimentos continuem a ser oferecidos, direcionando o esforço para aqueles que demonstram real interesse e comprometimento com os animais.

A Responsabilidade Compartilhada

O sucesso da campanha de castração depende da responsabilidade do tutor. Não adianta a comunidade reclamar do aumento de animais se não colaborar para que a população não cresça. A castração é um compromisso fundamental e uma responsabilidade direta de cada tutor.

A ALPA e a prefeitura estão aqui para apoiar, buscando soluções e investindo recursos para facilitar o acesso à castração. Contudo, elas não deveriam ser as únicas interessadas nesse processo. O principal beneficiado é o tutor, que garante a saúde e o bem-estar de seu animal, e a comunidade, que contribui para um controle populacional humanitário. A efetividade da campanha depende diretamente da colaboração de cada morador.

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